A exibição conta com artistas de diferentes
gerações, que questionam a realidade em que se inserem, desde o sistema
político à biopolítica. Gerard Sekoto, Jamika Ajalon, Sammy Baloji e Elsa
M’Bala são alguns dos talentos que marcam presença no museu de Saint-Étienne.
Poderá também encontrar diversos trabalhos de ativistas, poetas e filósofos que,
no seu conjunto, se complementam numa emotiva exposição. Marie Aimée Fattouche,
por exemplo, desenvolveu a sua expressão de arte a partir de imagens 3D,
modelos 3D e arquivos de famílias sobre rituais ancestrais, mitologia
africana, ciência e filosofia. Já Raphaël Barontini inspirou-se na história da
arte africana, apresentando-nos heróis tanto reais como imaginários, a partir
de têxteis que incorporam colagem. Um verdadeiro jogo entre escala, cores e
padrões. Resta deixar o convite para o Globalisto, uma filosofia em
Movimento, a exibição que o fará questionar a
vida e o mundo ao seu redor e, para o espicaçar na dose certa, deixamos-lhe a
frase de abertura da exposição: "Enquanto os leões não tiverem os seus próprios
historiadores, a história da caça vai sempre vangloriar o caçador” (Chinua
Achebe).