Picasso

Aos olhos do mundo, as pinturas destacaram-se e as esculturas ficaram em segundo plano de uma vida e carreira artística recheada, prolífica. Mas Picasso superou-se a si mesmo e continua a fazê-lo 50 anos após a sua morte. Agora, chegou a hora de se mostrar escultor. Melhor, de o notarmos também escultor, tanto quanto pintor. Artista completo. Embora muitos já o soubessem. Há muito. É que, na verdade, a primeira exposição em que as suas esculturas foram exibidas foi a Hommage à Pablo Picasso, no Grand Palais e Petit Palais em Paris, em 1966. No ano seguinte, a Tate Gallery, em Londres, organizou outro certame dedicado, principalmente, à sua escultura. Até então, o seu trabalho tridimensional havia recebido pouca atenção. No entanto, a escultura não era uma preocupação secundária para Picasso, mas uma forma de expressão em pé de igualdade com a pintura.  

Picasso superou-se a si mesmo e continua a fazê-lo 50 anos após a sua morte. 

Picasso Sculptor. Matter and Body é a primeira grande exposição em Espanha dedicada a essa faceta do grande cubista. A seleção de peças pretende sublinhar o papel central desempenhado pela representação do corpo humano, tomado como um todo e como um fragmento, na obra do artista nascido em Málaga. E é precisamente lá que as obras podem ser visitadas, até 10 de setembro. 
Tal como o resto da sua produção artística, as esculturas de Picasso são notáveis pela inovação e uso de técnicas e materiais pouco ortodoxos. Entre a modelagem e a construção, em ferro soldado, madeira ou chapa, incorporando o vazio como um novo elemento que foi crucial para a escultura moderna.  
Esta exposição faz parte do Celebração Picasso 1973–2023, um programa internacional organizado com o apoio do Museu Nacional Picasso-Paris e da Comissão Nacional Espanhola para a comemoração do 50.º aniversário da morte de Pablo Picasso. A Telefónica é colaboradora corporativa dos eventos espanhóis e a feira é patrocinada pela Fundación Unicaja.