Em 1920, Coco Chanel estava cansada de carregar a bolsa nas mãos. E, consequentemente, de pousá-la e depois não saber onde. Decidida, desenhou um modelo mais prático, que lançou em 1929. Não satisfeita, tornou a dedicar-se a ele. Em fevereiro de 1955, o mundo conheceu a Chanel 2.55, assim chamada precisamente em alusão ao mês (2) e ao ano (55) em que foi apresentada. Foi a primeira mala conhecida que possibilitava ser usada ao ombro. Antes, todas as mulheres andavam com carteiras de mão, sem total liberdade nos seus movimentos.
Para o cenário da alta-costura da época, a peça foi um verdadeiro coup de foudre, a expressão francesa para amor à primeira vista. Mas, 67 anos depois, continua a ser um ícone, cuja história está cheia de pormenores deliciosos. Um dos símbolos mais requintados que o luxo pode comprar. Tanto a original como as suas dezenas de reencarnações que lhe surgiram.
Inspirada nas pastas estilo carteiro, usadas pelos mensageiros na Segunda Guerra Mundial, possui um compartimento ‘secreto’, com fecho, criado, dizia-se, para guardar as cartas de amor da designer. A alça de corrente, um formato rudimentar atípico à época para um artigo de luxo, terá por base os chaveiros carregados dos contínuos e zeladores do orfanato onde Gabrielle ‘Coco’ Chanel viveu, enviada pelo próprio pai, depois de a mãe da jovem morrer. Fala-se ainda que o forro cor de vinho (burgundy) é da mesma cor dos uniformes do colégio interno e que o padrão acolchoado seja referência aos vitrais da abadia, além do couro matelassê, hoje uma das imagens de marca da Chanel, que terá tido origem nos materiais usados, na época, apenas pelos homens que trabalhavam nos estábulos.
O valor de uma Chanel 2.55Média, ou de uma Classic Flap, aumentou 70% desde 2010
Certeza mesmo temos do facto de cada bolsa ser uma verdadeira obra de arte. Os compartimentos internos, que contrastam com a maioria dos itens que se colocam dentro da bolsa, permitem que tudo seja localizado com facilidade. O bolso na parte traseira da mala, chamado de ‘O Sorriso de Mona Lisa’, por ter as pontas um pouco levantadas, servia para guardar o dinheiro extra, e todas as malas têm um compartimento com o tamanho perfeito para um batom. Trabalham, em cada peça, seis a 15 artesãos, que lhe dedicam em média 18 horas, até a concluírem.
A bolsa está disponível nos tamanhos Maxi, Jumbo, Médio, Pequeno, Mini Retângulo e Mini Quadrado. A 2.55 é o modelo original, com fecho Mademoiselle, criado por Coco Chanel, e correntes duplas. Na década de 80, já com Karl Lagerfeld à frente da maison, estreou-se o modelo Classic Flap, com o fecho CC (letras entrelaçadas), símbolo tão reconhecido atualmente, pensado e desenvolvido pelo criativo. Em 2005, Lagerfeld decidiu recriar a clássica 2.55, o que levou ao lançamento da versão Reissue.
Qualquer uma delas é considerada um investimento. São precisas provas? O valor de uma Chanel 2.55 Média, ou de uma Classic Flap, aumentou 70% desde 2010. Além da inflação, outro fator que contribuiu para isso foi a decisão da marca em manter a produção das suas bolsas na Europa (França e Itália), enquanto outras marcas de luxo migraram a sua manufatura para a Ásia, com o objetivo de diminuírem os custos.
Caso para dizer, quem tem uma Chanel tem tudo. Ou quase tudo...
Para o cenário da alta-costura da época, a peça foi um verdadeiro coup de foudre, a expressão francesa para amor à primeira vista. Mas, 67 anos depois, continua a ser um ícone, cuja história está cheia de pormenores deliciosos. Um dos símbolos mais requintados que o luxo pode comprar. Tanto a original como as suas dezenas de reencarnações que lhe surgiram.
Inspirada nas pastas estilo carteiro, usadas pelos mensageiros na Segunda Guerra Mundial, possui um compartimento ‘secreto’, com fecho, criado, dizia-se, para guardar as cartas de amor da designer. A alça de corrente, um formato rudimentar atípico à época para um artigo de luxo, terá por base os chaveiros carregados dos contínuos e zeladores do orfanato onde Gabrielle ‘Coco’ Chanel viveu, enviada pelo próprio pai, depois de a mãe da jovem morrer. Fala-se ainda que o forro cor de vinho (burgundy) é da mesma cor dos uniformes do colégio interno e que o padrão acolchoado seja referência aos vitrais da abadia, além do couro matelassê, hoje uma das imagens de marca da Chanel, que terá tido origem nos materiais usados, na época, apenas pelos homens que trabalhavam nos estábulos.
O valor de uma Chanel 2.55Média, ou de uma Classic Flap, aumentou 70% desde 2010
Certeza mesmo temos do facto de cada bolsa ser uma verdadeira obra de arte. Os compartimentos internos, que contrastam com a maioria dos itens que se colocam dentro da bolsa, permitem que tudo seja localizado com facilidade. O bolso na parte traseira da mala, chamado de ‘O Sorriso de Mona Lisa’, por ter as pontas um pouco levantadas, servia para guardar o dinheiro extra, e todas as malas têm um compartimento com o tamanho perfeito para um batom. Trabalham, em cada peça, seis a 15 artesãos, que lhe dedicam em média 18 horas, até a concluírem.
A bolsa está disponível nos tamanhos Maxi, Jumbo, Médio, Pequeno, Mini Retângulo e Mini Quadrado. A 2.55 é o modelo original, com fecho Mademoiselle, criado por Coco Chanel, e correntes duplas. Na década de 80, já com Karl Lagerfeld à frente da maison, estreou-se o modelo Classic Flap, com o fecho CC (letras entrelaçadas), símbolo tão reconhecido atualmente, pensado e desenvolvido pelo criativo. Em 2005, Lagerfeld decidiu recriar a clássica 2.55, o que levou ao lançamento da versão Reissue.
Qualquer uma delas é considerada um investimento. São precisas provas? O valor de uma Chanel 2.55 Média, ou de uma Classic Flap, aumentou 70% desde 2010. Além da inflação, outro fator que contribuiu para isso foi a decisão da marca em manter a produção das suas bolsas na Europa (França e Itália), enquanto outras marcas de luxo migraram a sua manufatura para a Ásia, com o objetivo de diminuírem os custos.
Caso para dizer, quem tem uma Chanel tem tudo. Ou quase tudo...