Nos seus olhos vemos expressividade. Na sua aparência transparece seriedade.
No seu coração sentimos Angola. A V&G partiu em busca de um
trabalhador exímio, acabando por descobrir um segredo: não só se chama Joaquim
Piedade, como é um jogador nato de xadrez, futebol e de um leque extenso de desportos.
Joaquim traça um caminho que já conta com 18 anos de experiência e hoje pode
afirmar que está no auge da sua carreira. Os primeiros passos foram dados na
indústria Oil and Gas, mas a vida encarregou-se de lhe mostrar outros
caminhos, onde o amor pela logística nasceu. Atualmente, é o PCA do projeto da Zona Franca de Desenvolvimento Integrado da Barra do Dande,
um empreendimento que está nas bocas do mundo pelo seu caráter ambicioso e
inovador. Curioso? Parece que terá de se envolver nos próximos minutos na
história emocionante de Joaquim Piedade, onde o próprio conta, em primeira mão, o
seu percurso até chegar ao topo. A cereja no topo do bolo: o profissional de
logística revela, ainda, alguns pormenores do projeto que poderão colocar
Angola num pedestal. Deixe-se inspirar...
Joaquim Piedade
«O selo ‘made in Angola’ começará a conquistar um espaço mais significativo»
«O sucesso do processo logístico é muito dependente das acessibilidades»
Acumula mais de 18 anos de experiência profissional.
A minha trajetória profissional, após uma curta passagem pelo setor privado na indústria de Oil and Gas, foi vivida no setor logístico com experiências no setor marítimo, rodoviário, ferroviário e aéreo, sempre focado na logística de distribuição, liderando equipas no Porto de Luanda, durante 6 anos, e na Unicargas, nos últimos 12 anos, para que ela se tornasse numa operadora logística integrada. Neste período, foi também possível contribuir ativamente em instituições regionais e internacionais, como a Associação de Gestão dos Portos da África do Oeste e Centro, a CNUCED no âmbito do projeto Train for Trade e o Banco Mundial, durante seis anos, como consultor.
Está, hoje, a viver um dos momentos mais altos da sua carreira?
Sim, por ter a missão, honra e orgulho de liderar a equipa que irá implementar o projeto logístico mais ambicioso do país, que é a primeira Zona Franca de Angola. Resulta de um sonho, de uma visão e de um legado promissor.
Lidera o projeto da Zona Franca de Desenvolvimento Integrado da Barra do Dande (ZFDIBD). Como nasceu a ideia e porquê na província do Bengo?
A ideia surgiu na sequência da visão económica do Titular do Poder Executivo, no sentido de criar reservas estratégicas nacionais. Ou seja, pretendemos garantir a segurança alimentar, a segurança dos combustíveis, a segurança energética e o desenvolvimento económico e industrial da região do Dande, promovendo a existência da capacidade de resposta a potenciais fenómenos fortuitos (crises económicas, pandemias etc), por meio do armazenamento de produtos essenciais, suficientes para garantir o abastecimento regular da população. A província do Bengo foi escolhida pelo seu potencial hídrico, pelo potencial de desenvolvimento industrial, bem como pelo facto do município do Dante se posicionar num dos principais corredores rodoviários de acesso e escoamento para um grande centro de consumo, que é a República Democrática do Congo.
Qual é a relevância estratégica da Zona Franca? Quais os impactos sociais e económicos?
A Dande Free Zone irá proporcionar o desenvolvimento industrial do país, promover a abertura ao comércio externo e garantir a segurança das reservas estratégicas. Será um impulsionador ao investimento privado e irá gerar bastantes postos de trabalho, bem como promover a capacitação e crescimento profissional das pessoas, combatendo problemas sociais como as assimetrias regionais. Na vertente económica, resultará num aumento do fluxo de importação e exportação de mercadorias e na promoção e desenvolvimento de diferentes serviços no país, como resultado do seu efeito multiplicador.
A ZFDIBD marca a abertura às rotas globais?
Sim, uma vez que estamos determinados a desenvolver uma Zona Franca ao nível mundial, estruturada para atrair investidores com o foco voltado para exportações, assim como a contribuição para a cadeia de abastecimento, com a produção para mercados em África e Europa.
Qual é a meta prevista no que toca ao contributo para o Produto Interno Bruto do país?
Atendendo ao volume de investimento projetado para o desenvolvimento da Zona Franca e o seu respetivo volume de negócios, prevemos contribuição na ordem dos 1,5% para o Produto Interno Bruto de Angola, após a conclusão da Fase I.
E projeto irá funcionar como catalisador do tecido empresarial de Angola?
Sim. O quadro da legislação e regulamentação das Zonas Francas apresenta um conjunto de regimes especiais, benefícios fiscais e facilidades administrativas que visam oferecer melhores condições de investimento aos investidores privados que, por sua vez, atrairão investidores que até agora não consideravam Angola um país com condições de investimento atrativas e competitivas. Inquestionavelmente, iremos ver crescer o nosso setor industrial e, consequentemente, um tecido empresarial mais forte e presente na nossa economia.
«Prevemos contribuição na ordem dos 1,5% para o Produto Interno Bruto de Angola»
Acumula mais de 18 anos de experiência profissional.
A minha trajetória profissional, após uma curta passagem pelo setor privado na indústria de Oil and Gas, foi vivida no setor logístico com experiências no setor marítimo, rodoviário, ferroviário e aéreo, sempre focado na logística de distribuição, liderando equipas no Porto de Luanda, durante 6 anos, e na Unicargas, nos últimos 12 anos, para que ela se tornasse numa operadora logística integrada. Neste período, foi também possível contribuir ativamente em instituições regionais e internacionais, como a Associação de Gestão dos Portos da África do Oeste e Centro, a CNUCED no âmbito do projeto Train for Trade e o Banco Mundial, durante seis anos, como consultor.
Está, hoje, a viver um dos momentos mais altos da sua carreira?
Sim, por ter a missão, honra e orgulho de liderar a equipa que irá implementar o projeto logístico mais ambicioso do país, que é a primeira Zona Franca de Angola. Resulta de um sonho, de uma visão e de um legado promissor.
Lidera o projeto da Zona Franca de Desenvolvimento Integrado da Barra do Dande (ZFDIBD). Como nasceu a ideia e porquê na província do Bengo?
A ideia surgiu na sequência da visão económica do Titular do Poder Executivo, no sentido de criar reservas estratégicas nacionais. Ou seja, pretendemos garantir a segurança alimentar, a segurança dos combustíveis, a segurança energética e o desenvolvimento económico e industrial da região do Dande, promovendo a existência da capacidade de resposta a potenciais fenómenos fortuitos (crises económicas, pandemias etc), por meio do armazenamento de produtos essenciais, suficientes para garantir o abastecimento regular da população. A província do Bengo foi escolhida pelo seu potencial hídrico, pelo potencial de desenvolvimento industrial, bem como pelo facto do município do Dante se posicionar num dos principais corredores rodoviários de acesso e escoamento para um grande centro de consumo, que é a República Democrática do Congo.
Qual é a relevância estratégica da Zona Franca? Quais os impactos sociais e económicos?
A Dande Free Zone irá proporcionar o desenvolvimento industrial do país, promover a abertura ao comércio externo e garantir a segurança das reservas estratégicas. Será um impulsionador ao investimento privado e irá gerar bastantes postos de trabalho, bem como promover a capacitação e crescimento profissional das pessoas, combatendo problemas sociais como as assimetrias regionais. Na vertente económica, resultará num aumento do fluxo de importação e exportação de mercadorias e na promoção e desenvolvimento de diferentes serviços no país, como resultado do seu efeito multiplicador.
A ZFDIBD marca a abertura às rotas globais?
Sim, uma vez que estamos determinados a desenvolver uma Zona Franca ao nível mundial, estruturada para atrair investidores com o foco voltado para exportações, assim como a contribuição para a cadeia de abastecimento, com a produção para mercados em África e Europa.
Qual é a meta prevista no que toca ao contributo para o Produto Interno Bruto do país?
Atendendo ao volume de investimento projetado para o desenvolvimento da Zona Franca e o seu respetivo volume de negócios, prevemos contribuição na ordem dos 1,5% para o Produto Interno Bruto de Angola, após a conclusão da Fase I.
E projeto irá funcionar como catalisador do tecido empresarial de Angola?
Sim. O quadro da legislação e regulamentação das Zonas Francas apresenta um conjunto de regimes especiais, benefícios fiscais e facilidades administrativas que visam oferecer melhores condições de investimento aos investidores privados que, por sua vez, atrairão investidores que até agora não consideravam Angola um país com condições de investimento atrativas e competitivas. Inquestionavelmente, iremos ver crescer o nosso setor industrial e, consequentemente, um tecido empresarial mais forte e presente na nossa economia.
«Prevemos contribuição na ordem dos 1,5% para o Produto Interno Bruto de Angola»
Considera que o país ganhará outra visibilidade com
esta nova aposta na economia exportadora?
Hoje, somos um país predominantemente importador, mas a Zona Franca tem potencial e atrairá um conjunto de indústrias com capacidade para servir mercados da região (e não só), onde o selo "made in Angola” começará a conquistar um espaço mais significativo na plataforma comercial, a nível mundial.
É um sonhador?
O setor da logística é a minha maior paixão, procurando impactá-lo, diariamente, para que seja mais influente no contexto económico de Angola, sempre com uma atitude muito positiva e resiliência para superar os desafios, partilhando conhecimentos e aprendendo.
Que ambição o move, na área da logística?
Impactar a vida das pessoas e organizações, desenvolvendo soluções para que as necessidades das mesmas sejam sempre satisfeitas. Na logística, temos diariamente diferentes desafios para garantir que a mercadoria certa chega à pessoa/organização certa, na quantidade certa, no horário certo e no local certo. Concretizar esse feito, todos os dias, é revigorante.
Considera que o ramo poderia ser mais influente no contexto económico de Angola?
Sim, mas o sucesso do processo logístico é muito dependente das acessibilidades. Quando evoluirmos na qualidade das acessibilidades, sentiremos o verdadeiro impacto (positivo) das soluções logísticas na vida de cada um.
Fora do trabalho, quais são as suas outras paixões?
Xadrez, futebol e atletismo são as minhas paixões. Tenho dito que sou viciado em desporto por praticar diferentes modalidades, para além das mencionadas.
No seu ponto de vista, qual a principal lacuna do país?
Que pensemos todos mais em Angola, que coloquemos o nosso país acima dos nossos interesses pessoais.
Angola é futuro?
Sim. Angola é um país rico em diferentes recursos, bem como pessoas com grandes capacidades e, como foi referido entre os discursos no ato de lançamento da Zona Franca, chegou o momento de o país deixar de ter apenas potencial, e passar a ser verdadeiramente uma potência.
Hoje, somos um país predominantemente importador, mas a Zona Franca tem potencial e atrairá um conjunto de indústrias com capacidade para servir mercados da região (e não só), onde o selo "made in Angola” começará a conquistar um espaço mais significativo na plataforma comercial, a nível mundial.
É um sonhador?
O setor da logística é a minha maior paixão, procurando impactá-lo, diariamente, para que seja mais influente no contexto económico de Angola, sempre com uma atitude muito positiva e resiliência para superar os desafios, partilhando conhecimentos e aprendendo.
Que ambição o move, na área da logística?
Impactar a vida das pessoas e organizações, desenvolvendo soluções para que as necessidades das mesmas sejam sempre satisfeitas. Na logística, temos diariamente diferentes desafios para garantir que a mercadoria certa chega à pessoa/organização certa, na quantidade certa, no horário certo e no local certo. Concretizar esse feito, todos os dias, é revigorante.
Considera que o ramo poderia ser mais influente no contexto económico de Angola?
Sim, mas o sucesso do processo logístico é muito dependente das acessibilidades. Quando evoluirmos na qualidade das acessibilidades, sentiremos o verdadeiro impacto (positivo) das soluções logísticas na vida de cada um.
Fora do trabalho, quais são as suas outras paixões?
Xadrez, futebol e atletismo são as minhas paixões. Tenho dito que sou viciado em desporto por praticar diferentes modalidades, para além das mencionadas.
No seu ponto de vista, qual a principal lacuna do país?
Que pensemos todos mais em Angola, que coloquemos o nosso país acima dos nossos interesses pessoais.
Angola é futuro?
Sim. Angola é um país rico em diferentes recursos, bem como pessoas com grandes capacidades e, como foi referido entre os discursos no ato de lançamento da Zona Franca, chegou o momento de o país deixar de ter apenas potencial, e passar a ser verdadeiramente uma potência.