É uma das empresas mais importantes do país. Empregando cerca de 500 trabalhadores e intervindo na sociedade como formador, como mecenas, como âncora. A ENSA está de parabéns, comemora 45 anos com um percurso de resiliência. E Mário Mota Lemos, natural do Kuíto, que ainda não fez um ano como presidente da comissão executiva, representa uma nova era – jovem, tecnológica, dinâmica, com visão de futuro sem tirar os pés do chão. Os eventos comemorativos ainda estão no segredo dos deuses, mas, para já, Mário deixa-nos com a novidade de que a Fundação ENSA vai avançar ainda em 2023.
Mário Mota Lemos
«A ENSA está muito focada na transformação digital do negócio»
Quando e em que circunstâncias chegou à ENSA?
No ano de 1998, através de um normal processo de candidatura para admissão aos quadros. Posso dizer que a minha vida profissional nasceu e se foi fazendo nesta casa.
Hoje é um dos quadros históricos da empresa, tão novo e já PCE. Que características possuiu que o levaram a este patamar?
Nos bons e menos bons momentos estive sempre ao lado da ENSA. Vesti a camisola desde o primeiro dia e ainda hoje a uso. Tão simples quanto isto. O resto do caminho faz-se caminhando, com bom senso e humildade.
Ainda não fez um ano que é presidente da comissão executiva da ENSA. Mas será nas suas "mãos” que a empresa comemora 45 anos, agora, em 2023. Não se pode falar da história de Angola sem se falar da história da ENSA…
É verdade. A história da ENSA funde-se com a história de Angola independente. Desde aí, sofreu as dores que o país sofreu e acompanhou-o nas suas conquistas e vitórias. É uma empresa emblemática e muito querida para os angolanos.
A ENSA foi fundada, num trabalho partilhado com o Estado, para unificar e reorganizar as atividades, património e responsabilidades de todas as seguradoras que operavam em Angola na fase pré-independência. 45 anos depois, esta é uma das empresas mais importantes do país. Resiliência e trabalho são as palavras de ordem?
Sem dúvida. Se as operações de fusão e aquisição são hoje complexas, imagine fazer uma dessa magnitude há 45 anos no contexto que se vivia. Este desafio ficou inscrito na genética da empresa que, desde aí, tem sabido renovar-se e inovar com muito trabalho e persistência, mas mantendo-se sempre fiel às suas origens.
«A empresa tem sabido renovar-se e inovar com muito trabalho e persistência»
No ano de 1998, através de um normal processo de candidatura para admissão aos quadros. Posso dizer que a minha vida profissional nasceu e se foi fazendo nesta casa.
Hoje é um dos quadros históricos da empresa, tão novo e já PCE. Que características possuiu que o levaram a este patamar?
Nos bons e menos bons momentos estive sempre ao lado da ENSA. Vesti a camisola desde o primeiro dia e ainda hoje a uso. Tão simples quanto isto. O resto do caminho faz-se caminhando, com bom senso e humildade.
Ainda não fez um ano que é presidente da comissão executiva da ENSA. Mas será nas suas "mãos” que a empresa comemora 45 anos, agora, em 2023. Não se pode falar da história de Angola sem se falar da história da ENSA…
É verdade. A história da ENSA funde-se com a história de Angola independente. Desde aí, sofreu as dores que o país sofreu e acompanhou-o nas suas conquistas e vitórias. É uma empresa emblemática e muito querida para os angolanos.
A ENSA foi fundada, num trabalho partilhado com o Estado, para unificar e reorganizar as atividades, património e responsabilidades de todas as seguradoras que operavam em Angola na fase pré-independência. 45 anos depois, esta é uma das empresas mais importantes do país. Resiliência e trabalho são as palavras de ordem?
Sem dúvida. Se as operações de fusão e aquisição são hoje complexas, imagine fazer uma dessa magnitude há 45 anos no contexto que se vivia. Este desafio ficou inscrito na genética da empresa que, desde aí, tem sabido renovar-se e inovar com muito trabalho e persistência, mas mantendo-se sempre fiel às suas origens.
«A empresa tem sabido renovar-se e inovar com muito trabalho e persistência»
A caminho do meio século de existência, a empresa tem já um legado importantíssimo em diferentes áreas, que ultrapassam, e muito, a fronteira dos seguros. Na criação de emprego, na formação de quadros, no que toca ao património, na solidariedade e também à arte. O prestígio de uma instituição também se mede por aquilo que ela dá à sociedade. Nem só de lucro vive a ENSA...
A ENSA tem uma responsabilidade social acrescida devido ao seu histórico e ao seu papel importante no setor empresarial angolano. Refere, e bem, o aspeto do capital humano. A ENSA foi, e ainda é, a principal escola dos profissionais angolanos de seguros, resseguros e gestores de fundos de pensões. E daí muitos saíram para contribuir para as demais seguradoras do país. É também um dínamo relevante para as iniciativas corporativas que vão para além das suas atividades core. Há mais de três décadas fundou o principal evento de promoção da arte angolana, o concurso ENSAArte, que muito já deu e irá ainda dar ao país, e esteve sempre ao lado do desporto apoiando as seleções nacionais. Estes são apenas alguns exemplos do que temos feito ao longo dos 45 anos.
O que mais se pode esperar da ENSA nos próximos anos, no que diz respeito a novos projetos de consolidação e de investimento no país?
A ENSA está, neste momento, muito focada na transformação digital do negócio e na melhoria da experiência do cliente. Pretendemos trazer para a empresa novas realidades tecnológicas, com grandes impactos na nossa organização, mas também na forma como nos relacionamos com os clientes e o mercado. Numa palavra: inovação. Estamos muito envolvidos no repensar do mercado ressegurador e também estamos a ir mais além na responsabilidade social: vamos avançar, ainda este ano, com a Fundação ENSA.
No que toca ao capital humano, que números pode a ENSA apresentar atualmente?
Temos um quadro a rondar os 500 trabalhadores, o que nos torna um dos principais empregadores do país. Mas o nosso foco não são os números. Queremos que estes trabalhadores sejam efetivamente dos mais motivados e qualificados no mercado segurador, promotores da transformação e inovação de que o mercado necessita.
«A ENSA foi, e ainda é, a principal escola dos profissionais angolanos de seguros, resseguros e gestores de fundos de pensões»
A ENSA tem uma responsabilidade social acrescida devido ao seu histórico e ao seu papel importante no setor empresarial angolano. Refere, e bem, o aspeto do capital humano. A ENSA foi, e ainda é, a principal escola dos profissionais angolanos de seguros, resseguros e gestores de fundos de pensões. E daí muitos saíram para contribuir para as demais seguradoras do país. É também um dínamo relevante para as iniciativas corporativas que vão para além das suas atividades core. Há mais de três décadas fundou o principal evento de promoção da arte angolana, o concurso ENSAArte, que muito já deu e irá ainda dar ao país, e esteve sempre ao lado do desporto apoiando as seleções nacionais. Estes são apenas alguns exemplos do que temos feito ao longo dos 45 anos.
O que mais se pode esperar da ENSA nos próximos anos, no que diz respeito a novos projetos de consolidação e de investimento no país?
A ENSA está, neste momento, muito focada na transformação digital do negócio e na melhoria da experiência do cliente. Pretendemos trazer para a empresa novas realidades tecnológicas, com grandes impactos na nossa organização, mas também na forma como nos relacionamos com os clientes e o mercado. Numa palavra: inovação. Estamos muito envolvidos no repensar do mercado ressegurador e também estamos a ir mais além na responsabilidade social: vamos avançar, ainda este ano, com a Fundação ENSA.
No que toca ao capital humano, que números pode a ENSA apresentar atualmente?
Temos um quadro a rondar os 500 trabalhadores, o que nos torna um dos principais empregadores do país. Mas o nosso foco não são os números. Queremos que estes trabalhadores sejam efetivamente dos mais motivados e qualificados no mercado segurador, promotores da transformação e inovação de que o mercado necessita.
«A ENSA foi, e ainda é, a principal escola dos profissionais angolanos de seguros, resseguros e gestores de fundos de pensões»
Ultrapassados os desafios da pandemia, a empresa reforçou o seu lugar cimeiro no mercado e acrescentou valor ao Estado angolano. Como está a privatização da ENSA em todas as suas vertentes, nomeadamente na bolsa?
A privatização da ENSA é um assunto que, naturalmente, está na condução e decisão do seu acionista, o Estado. A equipa de gestão tem estado empenhada a auxiliar o acionista nesse processo, de forma a garantir que a operação seja bem-sucedida, independentemente da metodologia deliberada pelo acionista e das fases em que o processo se encontra.
Os resultados do ano passado validam as expectativas de crescimento. O mercado dos seguros em Angola vai bem e recomenda-se para quem tem foco nos objetivos e estratégias bem definidas?
O crescimento confirma o que temos referido ao longo dos anos. Os seguros ainda têm uma taxa de penetração baixa no nosso mercado e muito ainda há a fazer em torno das oportunidades que o mesmo oferece. Uma das estratégias conjuntas das seguradoras, através da sua associação ASAN, é a de melhorar a literacia financeira, de forma que os benefícios dos seguros e dos fundos de pensões sejam evidentes para todos.
Que ações tem a empresa em marcha para a comemoração destes 45 anos?
Temos diversas iniciativas, que não gostaríamos de revelar na plenitude para que possam ter um efeito surpresa. Vamos certamente comemorar com os nossos trabalhadores, clientes e demais parceiros da ENSA, mas também com alguma contenção em matéria de custos, uma vez que os desafios económicos mundiais aconselham alguma prudência. É um ano especial para nós.
A privatização da ENSA é um assunto que, naturalmente, está na condução e decisão do seu acionista, o Estado. A equipa de gestão tem estado empenhada a auxiliar o acionista nesse processo, de forma a garantir que a operação seja bem-sucedida, independentemente da metodologia deliberada pelo acionista e das fases em que o processo se encontra.
Os resultados do ano passado validam as expectativas de crescimento. O mercado dos seguros em Angola vai bem e recomenda-se para quem tem foco nos objetivos e estratégias bem definidas?
O crescimento confirma o que temos referido ao longo dos anos. Os seguros ainda têm uma taxa de penetração baixa no nosso mercado e muito ainda há a fazer em torno das oportunidades que o mesmo oferece. Uma das estratégias conjuntas das seguradoras, através da sua associação ASAN, é a de melhorar a literacia financeira, de forma que os benefícios dos seguros e dos fundos de pensões sejam evidentes para todos.
Que ações tem a empresa em marcha para a comemoração destes 45 anos?
Temos diversas iniciativas, que não gostaríamos de revelar na plenitude para que possam ter um efeito surpresa. Vamos certamente comemorar com os nossos trabalhadores, clientes e demais parceiros da ENSA, mas também com alguma contenção em matéria de custos, uma vez que os desafios económicos mundiais aconselham alguma prudência. É um ano especial para nós.