A psicologia clínica representa parte da sua vida profissional, a par com a gestão e as finanças, dois universos que parecem não se misturar, mas que encaixam na perfeição na vida de Noelma. O empreendedorismo faz parte de si, assim como a capacidade de enxergar o mundo como ele é. Com falhas. Com valências. Um dom de quem sabe interpretar números e, sobretudo, ver além deles. Ser mulher está como um dos seus maiores privilégios, condição que a fez mãe e esposa. Pautar-se pelo humanismo é outra característica de que se orgulha, já que lhe permite lutar por um mundo mais empático e equitativo. Este é, por isso, o seu modus operandi: apostar no seu talento para ajudar quem precisa.
Qual é a sua missão no país angolano, na perspetiva de cidadã e profissional?
Educar! Desejo ser, cada vez mais, uma contribuição para o desenvolvimento económico e social no contexto angolano e no mundo. Como psicóloga clínica, exerci durante uns anos, dei consultas e ajudei. Como gestora, o meu foco tem sido a melhoria das condições de vida das pessoas. Enquanto cidadã, procuro aprender todos os dias e ter a honestidade intelectual de não «replicar vozes da ignorância», muitas destas que nos inundam nas redes sociais como se semeassem verdades. Preocupa-me o estarmos focados no imediatismo, no parecer, no ter e não no ser. Então, tenho-me dedicado a estudar e a aprender para ser rigorosa e ética, preservando a qualidade do que transmito. Preocupa-me, ainda, a falta de profundidade sobre os temas, pelo que corremos o risco de estimular a criação de uma geração assente em valores frágeis e violentos, negacionista, contra tudo e contra todos. Tento que as minhas ações e palavras, sejam coerentes, com uma boa dose de serenidade, equilíbrio e princípios de paz e esperança.
Ser mulher e empreendedora é tarefa fácil?
É um privilégio ser mulher. Ser mãe é uma dádiva inerente a essa condição também. Ser esposa, com um marido e companheiro ao lado, é outro privilégio. Então, a criatividade, a disponibilidade para empreender e desenvolver projetos, sem frustrações e angústias, torna-se relativamente simples. Mesmo tendo este suporte familiar, claro que já vivi momentos de tristes surpresas, desde ouvir comentários sobre o meu vestido ou o salto alto até ao estar acompanhada por algum colega homem que seja, automaticamente, considerado chefe pelo género que representa. Acredito que a melhor forma de empoderar mulheres é educá-las para a valorização e a realização pessoal independente, transmitindo-lhes, desde meninas, o seu valor e como se devem apreciar. Em simultâneo, é necessário educar, fomentar e desenvolver nos rapazes uma masculinidade positiva, que se predisponha a olhar para a mulher como um par e de forma respeitadora, livre de competições e/ou superiorizações.
«A educação tem um papel fundamental na redução de pobreza»
Qual é a sua missão no país angolano, na perspetiva de cidadã e profissional?
Educar! Desejo ser, cada vez mais, uma contribuição para o desenvolvimento económico e social no contexto angolano e no mundo. Como psicóloga clínica, exerci durante uns anos, dei consultas e ajudei. Como gestora, o meu foco tem sido a melhoria das condições de vida das pessoas. Enquanto cidadã, procuro aprender todos os dias e ter a honestidade intelectual de não «replicar vozes da ignorância», muitas destas que nos inundam nas redes sociais como se semeassem verdades. Preocupa-me o estarmos focados no imediatismo, no parecer, no ter e não no ser. Então, tenho-me dedicado a estudar e a aprender para ser rigorosa e ética, preservando a qualidade do que transmito. Preocupa-me, ainda, a falta de profundidade sobre os temas, pelo que corremos o risco de estimular a criação de uma geração assente em valores frágeis e violentos, negacionista, contra tudo e contra todos. Tento que as minhas ações e palavras, sejam coerentes, com uma boa dose de serenidade, equilíbrio e princípios de paz e esperança.
Ser mulher e empreendedora é tarefa fácil?
É um privilégio ser mulher. Ser mãe é uma dádiva inerente a essa condição também. Ser esposa, com um marido e companheiro ao lado, é outro privilégio. Então, a criatividade, a disponibilidade para empreender e desenvolver projetos, sem frustrações e angústias, torna-se relativamente simples. Mesmo tendo este suporte familiar, claro que já vivi momentos de tristes surpresas, desde ouvir comentários sobre o meu vestido ou o salto alto até ao estar acompanhada por algum colega homem que seja, automaticamente, considerado chefe pelo género que representa. Acredito que a melhor forma de empoderar mulheres é educá-las para a valorização e a realização pessoal independente, transmitindo-lhes, desde meninas, o seu valor e como se devem apreciar. Em simultâneo, é necessário educar, fomentar e desenvolver nos rapazes uma masculinidade positiva, que se predisponha a olhar para a mulher como um par e de forma respeitadora, livre de competições e/ou superiorizações.
«A educação tem um papel fundamental na redução de pobreza»