Canta sobre começos e fins, sobre o que a vida insiste em levar e manter. Ao ritmo do batuque, esculpe a Angola que o fez homem e cidadão, num timbre sentido, que se tivesse cor seria laranja-torrado, como a terra e os pores do sol do país. De tão quentes, as vibrações da música de C4 Pedro propagaram-se pelo mundo, com a autenticidade necessária para marcar presença em coliseus e arenas. A descoberta artística foi despoletada na Bélgica, onde viveu por vários anos, sendo hoje cantor, compositor, guitarrista, produtor e intérprete. Não esqueçamos a faceta de empresário, que o guiou aos milhões de visualizações no Youtube e aos múltiplos álbuns que preenchem a sua discografia. A gestão da carreira nem sempre é um mar de rosas e, por vezes, gera-se um conflito interior entre o C4 Pedro artista e o Pedro Santos pessoa. A fama é gratificante, mas não vale tudo. Connosco, Pedro Santos.
São mais as pessoas que conhecem o C4 do que o Pedro Santos?
Sem dúvida. Uma coisa é aquilo que eu sou, outra é aquilo que aparento ser. O C4 é uma figura que o público rapidamente interpreta, mas, reparem, não há muito tempo para convencer o outro sobre aquilo que somos. Por vezes, são impressões de minutos ou, até, segundos. Se alguém passar por mim vai ter uma perceção diferente do que se se sentar comigo para falar. São dois momentos diferentes, cada um com perspetivas distintas. Isto para dizer que o C4 é o público quem o faz. O Pedro está por trás das câmaras, em casa, com pessoas que convivem diariamente com ele. Muito raramente criticam o Pedro, porque não o conhecem, ao contrário do C4, que é uma personagem artística que eu assumo. Com o decorrer dos anos, procuro escolher novas personagens artísticas, em função daquilo que eu gostaria de apresentar ao público.
A indústria musical é um mercado competitivo. Como tem gerido a sua carreira profissional, desde o início, e quais os principais desafios?
Eu tento focar-me no meu trabalho. Ainda assim, há fatores que não consigo controlar como, por exemplo, como é que um Anselmo Ralph ou um Matias Damásio estão a trabalhar a música no mercado atual. Mas, de facto, eu concentro-me na minha própria forma de compor, aprimorando os detalhes com os anos de experiência que reúno. Eu não sigo tendências, até acho que se podem tornar muito perigosas para um artista. Ter um estilo definido e ser autêntico é fundamental. E, portanto, quando eu noto que o mercado já não está a ouvir o C4 Pedro, eu não mudo a minha forma de fazer música, mas distancio-me do mercado em que me encontro e exploro outro. Às vezes, o mercado satura e temos de lhe dar tempo, mostrando-nos atentos e sensíveis ao que nos rodeia. Neste momento, estou focado em Angola, aliás, mesmo quando conquistei o mercado europeu, tudo partiu de Angola. O meu país é a minha maior fonte de inspiração, não só pela música, mas também pela família.
«Estou focado em Angola»
São mais as pessoas que conhecem o C4 do que o Pedro Santos?
Sem dúvida. Uma coisa é aquilo que eu sou, outra é aquilo que aparento ser. O C4 é uma figura que o público rapidamente interpreta, mas, reparem, não há muito tempo para convencer o outro sobre aquilo que somos. Por vezes, são impressões de minutos ou, até, segundos. Se alguém passar por mim vai ter uma perceção diferente do que se se sentar comigo para falar. São dois momentos diferentes, cada um com perspetivas distintas. Isto para dizer que o C4 é o público quem o faz. O Pedro está por trás das câmaras, em casa, com pessoas que convivem diariamente com ele. Muito raramente criticam o Pedro, porque não o conhecem, ao contrário do C4, que é uma personagem artística que eu assumo. Com o decorrer dos anos, procuro escolher novas personagens artísticas, em função daquilo que eu gostaria de apresentar ao público.
A indústria musical é um mercado competitivo. Como tem gerido a sua carreira profissional, desde o início, e quais os principais desafios?
Eu tento focar-me no meu trabalho. Ainda assim, há fatores que não consigo controlar como, por exemplo, como é que um Anselmo Ralph ou um Matias Damásio estão a trabalhar a música no mercado atual. Mas, de facto, eu concentro-me na minha própria forma de compor, aprimorando os detalhes com os anos de experiência que reúno. Eu não sigo tendências, até acho que se podem tornar muito perigosas para um artista. Ter um estilo definido e ser autêntico é fundamental. E, portanto, quando eu noto que o mercado já não está a ouvir o C4 Pedro, eu não mudo a minha forma de fazer música, mas distancio-me do mercado em que me encontro e exploro outro. Às vezes, o mercado satura e temos de lhe dar tempo, mostrando-nos atentos e sensíveis ao que nos rodeia. Neste momento, estou focado em Angola, aliás, mesmo quando conquistei o mercado europeu, tudo partiu de Angola. O meu país é a minha maior fonte de inspiração, não só pela música, mas também pela família.
«Estou focado em Angola»