Persistência de riscos e incertezas induzem a lenta recuperação da economia
Salim Cripton Valá
Angola Positiva
Matilde Guebe
Angola, um país em transição com enorme potencial
Mário Rui Lourenço Ribeiro
Diretor Geral da C. Woermann Angola Lda.
Quando olhamos a primeira vez para Angola há 17 anos, tomamos a decisão de nos estabelecer neste país. Já naquela altura deu para perceber que Angola tinha uma dinâmica diferente de muitos outros países africanos. O nosso grupo, com experiência vasta no Gana e na Nigéria, identificou um enorme potencial nos vários setores (energia, agricultura e silvicultura), que já faziam parte da nossa competência no continente africano. Depois de 17 anos, podemos dizer que não nos arrependemos de ter acreditado e apostado neste país, mesmo estando consciente que os «tempos dourados» já não irão voltar mais. Durante os últimos anos, também a nossa empresa teve que se adaptar à nova realidade do mercado, o que nos obrigou a fazer alguns ajustes nas nossas áreas de atuação. Enquanto nos anos 2007 até 2013 a área da construção civil estava a bombar e era, além do petróleo, o motor principal da economia angolana, hoje os paradigmas de um negócio sustentável são outros, mesmo sabendo que ainda não alcançamos uma diversificação saudável da economia, para o desenvolvimento e crescimento sustentável do país. Nós, como C. Woermann Angola, estamos agora mais focados nos setores da agricultura e silvicultura que tem vindo a crescer nos últimos anos. Olhando para o potencial agrícola deste país, com três possíveis colheitas ao longo do ano, acredito que apostamos num setor que se tornou, nos últimos anos, indispensável para poder fugir os enormes custos da importação de muitos produtos básicos, que podem ser produzidos cá. Com a nossa experiência neste ramo e os artigos especializados, esperamos continuar a dar a nossa contribuição para uma Angola melhor para todos nós.